terça-feira, 19 de maio de 2009

Então galerinha, vamo pro rock ou não vamo?

Há maisoumenos um mês atrás, fui assitir o show da fodástica banda capixaba Sol na Garganta do Futuro, no projeto BH Indie Music, que acontece todas as quintas-feiras na Casa Cultural Matriz. Na mesma noite, o Conexão VIVO estava bombando no parque municipal e, as bandas Aldan e As Horas, estavam desbravando os limites da zona centro-sul, tocando no Cafofo Net Cine. Com tanta coisa rolando ao mesmo tempo, o único público presente no Matriz éramos eu e o truta descaretizado que tá sempre por lá, ou seja, duas pessoas numa casa de shows que cabem mais de 500. Fiquei bem chateado com isso. Ver uma banda que eu admiro muito, vir de longe e tocar pra ninguém.

Havia uma outra banda que se apresentaria com o Sol nesta ocasião. Com o lugar vazio, eles decidiram não tocar e foram embora. No meu ponto de vista, eles poderiam ter ficado por lá pra conhecer e apoiar uma banda que veio de longe pra mandar um som maneiro aqui. Nem que os caras assistissem uma música pra ver se agradava. Eles já tinham se programado pra tocar no dia mesmo, então falta de tempo não se enquadraria nesse caso...

Juntando isso e outros pensamentos que estava tendo há algum tempo (instigado por iniciativas como o Coletivo Pegada, o próprio BH Indie Music e outros agitadores culturais do Brasil), fiquei a questionar a atividade musical belorizontina. Nesse caso, a presença nos shows. Sério! Se não for pelo respeito à um colega, que seja pela curiosidade. Porque até onde eu entendo, a arte está intimamente ligada à vontade de experimentar, comunicar e explorar novos horizontes. Nada deveria ser mais natural que um artista interessado pelo que está sendo produzido na sua praça.

Belorizonte é uma cidade com uma infinidade de bandas. Mas onde estão elas? Tanta coisa acontecendo na nossa região metropolitana e esse tanto de gente tocando pro ar. Se essas pessoas estivessem nos shows, BH consolidaria uma cena musical pouco vista no brasil e outros lugares do mundo. Quanto mais gente sacar isso, mais integração, mais produção, mais diversificação, mais acontecimentos, mais cultura pra todo mundo.

Enfim... seria doido que as bandas pensassem nisso. Antes de ser banda, ser público. Senão, BH findará como a capital das pessoas que querem subir no palco.

Quem estiver interessado em mudanças pode começar indo em um showzinho aleatório de vez em quando... vai por mim que tá valendo a pena.

Mas retomando o inicinho do texto, recomendo a quem se interessar, aqueles caras que mandaram um som RIDÍCULO de ducaraleo e só reforçaram o meu prazer em descobrir e acompanhar coisas novas.

Malibu.

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